Actividades 2013

A 18 DE OUTUBRO NO LANÇAMENTO DO LIVRO DE JORGE CASTRO, "OUTROS POEMAS DE MENAGEM" E INTEGRANDO O INÍCIO DAS FESTAS DE CARCAVELOS 2013,

O GRUPO OEIRAS VERDE APRESENTOU: " LANÇAR UM LIVRO É UMA FESTA".

TERMINARAM O SEU PROGRAMA COM O ÍCONE QUE É UMA DAS SUAS IMAGENS DE MARCA: " AI SILVINA, AI SILVININHA" DE ANTÓNIO GEDEÃO, TENDO CONVIDADO O HOMENAGEADO PARA VIR INTEGRAR A GRAÇA E A MUSICALIDADE DESTE POEMA, COM O OEIRAS VERDE.

PERANTE A VASTA PLATEIA PRESENTE E SEMPRE PARTILHANTE

O OEIRAS VERDE TERMINOU MAIS UMA ATUAÇÃO

COM MUITAS PALMAS DE CARAS ATENTAS.

EM CORUCHE HOUVE HOMENAGEM A ZECA AFONSO 

NUM CONVITE DA TERTÚLIA POÉTICA " UM POEMA NA VILA"

FOU EM JULHO DE 2013

ACONTECEU EM CORUCHE A 5 DE JULHO DE 2013.

O OEIRAS VERDE FOI CONVIDADO POR "UM POEMA NA VILA"

E, NA PRIMEIRA PARTE  FEZ UMA HOMENAGEM A ZECA AFONSO;

NA SEGUNDA, FEZ UM "DIVERTISSEMENT" COM ONZE POEMAS PARA CORUCHE.

É CLARO QUE A IMPRESCINDÍVEL "AI SILVINA, AI SILVININHA" ESTEVE PRESENTE!

APESAR DO CALOR MONSTRUOSO, NINGUÉM ARREDOU PÉ.

NÓS SUÁVAMOS EM BICA MAS AO PÚBLICO NEM OS LEQUES CONSEGUIAM

REFRESCAR...

FOI UMA VERDADEIRA SAUNA...MAS UMA SAUNA BOA! DALI TODOS SAÍMOS COM A "ALMA QUENTE" E UM CALOR HUMANO QUE NOS FAZ ESQUECER TODAS AS AGRURAS DOS MOMENTOS ATUAIS.

FOTOS DE

1 ANO DE OEIRASVERDE&AMIGOS

NO CCPEGIPTO

    "15 ECOS DE POETAS NO PALÁCIO EGIPTO"

                                            AQUI COMEÇAM OS CONVIDADOS.
           NESTE CASO DUAS BELÍSSIMAS E IGUALMENTE TALENTOSAS CONVIDADAS:

EUGÉNIA PEREIRA COUTINHO E TERESA ROSA

DISSERAM: Fernando Pessoa, Sophia de Mello Breyner,

Miguel Torga e David Mourão_Ferreira 

                                              ...A QUE SE ASSOCIOU ANA PATACHO EM
                                 " AS ÚLTIMAS VONTADES" de DAVID MOURÃO-FERREIRA

 

...E QUE DIZER DESTA NOSSA CONVIDADA SOCIÓLOGA

QUE NOS TRAZ DOCES CONVENTUAIS E OUTRAS IGUARIAS QUE TAIS...AO VIVO?

ÁGATA BRANCO

HELOÍSA MONTEIRO TRAZ-NOS "SONS DE CABO VERDE"

  DESTA VEZ RATO MACHADO TOCOU COM ELA

O FOTÓGRAFO QUE NOS ACOMPANHA PARA TODO O LADO É ARTISTA.

E PARA ALÉM DA "NOITE AMERICANA" FOTOGRAFA-NOS A PRETO E BRANCO.

EU GOSTO DA QUEBRA DA ROTINA.

MANUEL RODAS

LUÍS CARA D'ANJO E TERESA ROSA CANTAM

                                                   JOSÉ RATO MACHADO TOCA

JORGE CASTRO

CONVIDADO AMIGO OU AMIGO CONVIDADO?

...OU COMPANHEIRO AMIGO CONVIDADO ?

                                                                        VOX-4

APLAUSOS DE PÉ

UM ANO NO PALÁCIO EGIPTO

SEIS ESPETÁCULOS

"OEIRAS VERDE&AMIGOS"

SEIS SALAS DO MUSEU CHEIAS

FORAM:

                                                                  LURDES PEREIRA

                                                           FILOMENA VALE

LUZIA PINTO DA COSTA

                                                              ANA PATACHO

MAGNÓLIA FILIPE

                                                         FRANCISCA PATRÍCIO

CARLOS CHAVES NA ASSISTÊNCIA ÀS IMAGENS

MANUEL RODAS NAS FOTOGRAFIAS

ESTE ESPETÁCULO FOI DEDICADO AOS ANÓNIMOS PORTUGUESES QUE ESTÃO A SOFRER A CRISE E A TROIKA...

FIM

EM 17 DE MAIO NA BIBLIOTECA DE SÃO DOMINGOS DE RANA

NOITES COM POEMAS

                                         O OEIRAS VERDE FOI DIA 17 DE MAIO ÀS "NOITES COM POEMAS"
                                         CONVERSAR COM JOSÉ FANHA.
                                         ELE APRESENTOU O SEU LIVRO: ANTOLOGIA DE UMA VIDA;
                                         O OEIRAS VERDE DEU-LHE " A HISTÓRIA DE UM PORTUGUÊS
                                         QUALQUER".
                                         AMBOS SE RECONHECERAM NOS MUITOS ANOS
                                         QUE TÊM DE UMA AMIZADE FEITA DE MUITAS ANDANÇAS !
                                        
 
                                                               
                   A SALA DA BIBLIOTECA DE SÃO DOMINGOS DE RANA ESTAVA CHEIA .

ACONTECEU À DESCOBERTA DOS POETAS DO PARQUE NO CCPEGIPTO

16-3-2013

ADEUS

Eugénio de Andrade

Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,

e o que nos ficou não chega

para afastar o frio de quatro paredes.

Gastámos tudo menos o silêncio.

Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,

gastámos as mãos à força de as apertarmos,

gastámos o relógio e as pedras das esquinas

em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.

Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;

era como se todas as coisas fossem minhas:

quanto mais te dava mais tinha para te dar.

Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.

E eu acreditava.

Acreditava,

porque ao teu lado

todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos,

era no tempo em que o teu corpo era um aquário,

era no tempo em que os meus olhos

eram realmente peixes verdes.

Hoje são apenas os meus olhos.

É pouco, mas é verdade,

uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.

Quando agora digo: meu amor,

já se não passa absolutamente nada.

E no entanto, antes das palavras gastas,

tenho a certeza

que todas as coisas estremeciam

só de murmurar o teu nome

no silêncio do meu coração

Não temos já nada para dar.

Dentro de ti

não há nada que me peça água.

O passado é inútil como um trapo.

E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus.

CAMÕES DIRIGE-SE AOS SEUS CONTEMPORÂNEOS

Jorge de Sena

Podereis roubar-me tudo:

as ideias, as palavras, as imagens,

e também as metáforas, os temas, os motivos,

os símbolos, e a primazia

nas dores sofridas de uma língua nova,

no entendimento de outros, na coragem

de combater, julgar, de penetrar

em recessos de amor para que sois castrados.

E podereis depois não me citar,

Suprimir-me, ignorar-me, aclamar até

outros ladrões mais felizes.

Não importa nada: que o castigo

será terrível. Não só quando

vossos netos não souberem já quem sois

terão de me saber melhor ainda

do que fingis que não sabeis,

como tudo, tudo o que laboriosamente pilhais,

reverterá para o meu nome. E mesmo será meu,

tido por meu, contado como meu,

até mesmo aquele pouco e miserável

que, só por vós, sem roubo, haveríeis feito.

Nada tereis, mas nada: nem os ossos,

Que um vosso esqueleto há-de ser buscado,

para passar por meu. E para outros ladrões,

iguais a vós, de joelhos, porem flores no túmulo.

ENSAIOS EM 2013